Em altas doses, esse “medicamento” tem aliviado dores, tristezas e “stress” das crianças e pessoas que são visitadas
Há vários anos, os integrantes do “Grupo Voluntários Doutores de Alegria”, de Itu/SP, receitam este “profilático” com carinho e amor aos pacientes da Santa Casa de Misericórdia de Itu e outras instituições de saúde do município, além de creches, casas de repouso, escolas e empresas.
Caracterizados e usando jalecos, eles fazem palhaçadas, brincam, contam piadas, cantam e encantam, sem dúvida.
Segundo o Palhaço Feliz, interpretado pelo funcionário público estadual, Denis Batalha, esse trabalho solidário surgiu em 1999, ocasião em que o médico clínico José Carlos Safi implantou o Grupo de Humanização Hospitalar na Santa Casa de Misericórdia de Itu o convidou para participar ao lado do Palhaço Alegria, o engenheiro químico, Edson Dias Furtado (Edinho).
Dois anos mais tarde, a irreverente dupla de palhaços fundou a trupe “Grupo Voluntários doadores de Alegria” que ganhou novos solidários integrantes e, com isso, só aumentou a “dose” de alegria. Denicio de Paula, supervisor de clínica oftalmológica, é o palhaço Fubá, Márcia de Castro, micro empresária, é a palhaça princesa, Maria Teresa P. da Silva, gestora de qualidade, é a palhaça Chicrets, Rita de Cassia da Silva, que também é microempresária, é a palhaça Ritinha, e José Carlos de Camargo (Carlão), metrologista, é o violonista do grupo.
Dr. Safi, como é chamado carinhosamente pelos seus pacientes, discorreu com sabedoria sobre o ambiente hospitalar humanizado. “O olhar humano se faz necessário no cuidar. Sim! O hospital é local de diagnóstico e tratamento. Mas, o ser humano é composto não só por esse pilar biológico saúde e doença, mas também pelo biográfico. O paciente tem uma história de vida. Um olhar humano, ele é essencial, não é apenas complemento. Ele não é algo que está à margem e que você vai incorporar. O olhar humano é essencial. Então, esse é o propósito: fazer com que as pessoas se sintam bem, se sintam presentes, inteiras. Não só no ‘pacote’ biológico de saúde e doença, mas também no seu ‘pacote’ biográfico, sua história de vida”, explicou.
Com este belo gesto de generosidade e amor ao próximo, o “Grupo Voluntários Doadores de Alegria” é exemplo a ser seguido, pois, na vida, pequenas atitudes altruístas fazem imenso bem ao semelhante e, com certeza, também a quem se doa. Como dizia São Francisco de Assis: “É dando que se recebe”.
Faz 24 anos que o “Grupo Voluntários Doadores de Alegria”, entidade considerada de utilidade pública desde 2003, desenvolve esse admirável trabalho de solidariedade de forma gratuita. Os interessados em fazer doações para o grupo adquirir produtos como maquiagem, uniformes, doces, balas e pirolitos para as crianças, esta é a chave PIX do grupo: 0555561700019.
Texto e fotos: Tucano e coleção Denis Batalha