ED 148 | Mai/Jun 2024

Santa Rita, rogai por nós!

A igreja dedicada à santa das causas impossíveis é um dos patrimônios históricos religiosos mais antigos de Itu/SP, contemporânea da de São Sebastião do Rio de Janeiro, atual capital carioca, ambas inauguradas em 1728. O mais incrível é que isso ocorreu 172 anos antes de 24 maio de 1900, data oficial de sua canonização no Papado de Leão XIII. No Calendário Litúrgico da Igreja Católica, o Dia de Santa Rita sempre foi comemorado em 22 de maio, data de seu falecimento, ocorrido em 1454.

Ao longo dos anos, a devoção do povo ituano só aumentou, pois foram inúmeras graças, milagres e curas comprovadas cientificamente alcançadas por intercessão da santa das rosas. A pequena igreja ituana dedicada a ela, que é um belo ícone arquitetônico do século 18, verdadeira “pérola” no centro da cidade, sofreu diversas intervenções em termos de ampliações, reformas e restauros com o passar dos anos.

Marcada por inúmeras dores, injustiças, tribulações e dificuldades, a vida de Santa Rita não foi um mar de rosas. Mas foi a fé em Deus que a tornou forte para superar com incrível resignação, humildade e confiança todos os dificultosos obstáculos que encontrou pelo caminho durante os dias em que viveu aqui na Terra de maneira santa. Exemplo verdadeiro de fé e amor ao Criador!

Devoto de Santa Rita de Cássia a vida inteira, monsenhor Camilo Ferrarini foi também modelo de alicerçada fé, amor a Deus e ao próximo. O religioso abraçou o sacerdócio para servir aos humildes e necessitados que o procuravam, os quais eram atendidos, de maneira piedosa, com profundo amor cristão. Tanto que hoje é comum ouvir de todos que tiveram o privilégio de compartilhar de seu convívio a expressão: “Monsenhor Camilo foi um santo padre”!

Não foi por meio de um milagre que a Festa de Santa Rita ganhou a dimensão e proporção que possui nos dias de hoje, mas pelas mãos e incentivos de Alberto Ferrarini, religioso que ficou conhecido e estimado pelos ituanos pelo nome de monsenhor Camilo Ferrarini.

A Festa de Santa Rita, com suas respectivas celebrações religiosas e procissão pelas ruas centrais da cidade, é uma das mais concorridas de Itu, pois reúne milhares de devotos, inclusive de diversas cidades da região. Também sempre fez parte desse evento religioso, o famoso leilão de prendas e animais que, pela primeira vez, em 2024, foi realizado na Terra do Boi.

Este ano, comemorou-se ainda os 70 anos do Grupo Remidos, fundado em 9 de dezembro de 1954, quando os seus 12 integrantes passaram a organizar a Festa de Santa Rita. Antes, a incumbência ficava a cargo das famílias de devotos.

Numa justa homenagem, há muitos anos, a rua onde está localizada a Igreja de Santa Rita foi batizada com o próprio nome da santa. Muitas personalidades ituanas residiam ao longo de seu trajeto, assim como também tradicionais estabelecimentos comerciais e empresas ali funcionavam.

Muitos que passam diante dessa pequena igreja nem imagina quantas histórias, orações, súplicas e milagres foram alcançados neste minúsculo local sagrado, construído há 296 anos, a qual correu o risco de ser demolida, de forma irresponsável e descabida, no final da década de 1960.

A foto que ilustra a capa desta edição é uma réplica da imagem original que encontra-se no altar da Igreja de Santa Rita. Essa réplica que é conduzida atualmente no andor durante a procissão. Ela foi doada pela devota Rita de Cássia Schincariol. A imagem pode ser visitada no corredor lateral da igreja, adornada por este maravilhoso detalhe da parede de pau-a-pique, ao fundo.

Viva Santa Rita de Cássia Das Causas Impossíveis com perfume de rosas!

Texto: Tucano

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Santa Rita pelo Brasil

 

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